terça-feira, 23 de julho de 2013

Saiba como um pai deve falar de sexo com a filha sem tabu


Terra Brasil


Ao saber que serão pais de uma menina, muitos homens logo se desesperam com as preocupações que lhe aguardam durante todo o desenvolvimento físico e social. Isso porque não há como deixar de lado as diferenças entre os sexos, não apenas biológicas, mas também culturais, notadas no dia a dia. Menstruação, primeiro namorado ou sexo podem ser verdadeiros tabus para o patriarca enfrentar na criação de uma menina. Porém, existem maneiras simples de tornar o caminho menos tortuoso e mais participativo.



Em primeiro lugar, o pai deve ser um bom ouvinte e estar sempre atento ao mundo da garota, de acordo com a idade em que ela está vivendo. Descobrir o que pensa e o que espera do futuro e até mesmo acompanhar as atividades de interesse da filha, como revistas e seriados, estreitará a relação e facilitará as respostas sobre diversos temas. Outra dica é conhecer o que ela gosta, até mesmo para saber de que forma isso a influencia. “O pai pode assistir os mesmos programas e conversar com ela sobre o assunto, mesmo que não seja um ponto legal”, recomenda Cecília Zylberstajn, psicóloga e psicoterapeuta de adolescentes e adultos.



Contudo o maior desafio dos homens é não transmitir uma cultura machista. “É um preconceito e como tal é difícil de ser quebrado. A melhor forma de o pai descobrir se tem esse comportamento é questionar se educaria da mesma forma um menino”, ensina Cecília. Ele tem o dever de quebrar as barreiras e dialogar com a garota, sem esperar que ela corra atrás.


Delicada, a educação sexual costuma ser um obstáculo. “O assunto independe de gênero, e tanto o pai quanto a mãe devem saber orientar”, ressalta a psicóloga. Ler sobre o tema em livros ou sites de confiança pode ajudar bastante quando pintar alguma dúvida sobre sexualidade. Em situações mais específicas, participar de uma consulta com um ginecologista ou psicólogo é válido. Em último caso, os papais devem buscar ajuda feminina. “Mas se isso se torna regra, ele não se aproxima da filha”, alerta.


De tão importante, a integração à educação da menina moldará a relação que ela terá com os outros homens. “Ele pode até mesmo ajudá-la a entender o ponto de vista masculino e ensiná-la a ter malícia”, avalia Cecília. Apesar do seu grande instinto de proteção, o pai precisa deixar a “princesinha” crescer e oferecer-lhe confiança e liberdade. “A menina costuma conversar com quem é mais próxima e com quem ela não se sentirá julgada”, completa.


Foto: Shutterstock

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