MÓVEIS FINOS PARA ECONOMIZAR ESPAÇO
Gente mal agradecida, já dissemos aqui, existe nas melhores famílias, a ponto de desejar que a alma de um finado parente queime por toda a eternidade nas chamas do inferno só porque deixou de herança, espremido entre duas mansões, um terreno pequenininho e bastante mixuruca.
O diabo é que tamanha ingratidão, muitas vezes, não tem a menor procedência. O melhor, nessas horas, é manter o espírito o menos azedo possível, quebrando (pre)conceitos e paradigmas arquitetônicos, a fim de transformar o limão cascudo numa ótima limonada. Exemplos não faltam.
Observe o charme deste charutinho compacto, levantado numa área retangular — com o quê, uns 4 metros de largura, no máximo? Para aproveitar todo o espaço, a construção modular em dois andares, com pé direito alto, dispensa paredes internas privilegiando a iluminação natural.
O projeto é do estúdio japonês de arquitetura Tat-o para construção na cidade de Itami, província de Hyōgo. A situação por lá é de um apertamento só: a área total é inferior a 25 km² para uma população de quase 200 mil habitantes — uma das mais altas densidades demográficas do mundo.
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Matéria Incógnita
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