O QUE JÁ ERA BOM VAI FICAR AINDA MELHOR
MDF todo mundo conhece. É aquele material sintético que hoje em dia substitui a madeira natural na fabricação desde móveis comuns a armários modulares, até brinquedos e caixinhas de artesanato.
Mas não só: ele tem uma infinidade de usos, como na tunagem de automóveis e revestimento de aviões. Nós mesmos produzimos letreiros em 3D, tabuleiros de xadrez e vários produtos sob a marca NEMO.
A sigla vem do inglês Medium Density Fibreboard (painel de média densidade) e suas chapas em várias espessuras emplacaram graças ao baixo custo e à maior facilidade de trabalhar do que a madeira.
Por ser oriundo de florestas cultivadas, o material é considerado “ecológico” por ser a mais avançada técnica para evitar o corte de árvores. Mas ele está longe de ser uma perfeição em termos ambientais.
O MDF é fabricado triturando pedaços de árvore para gerar fibras de madeira, que são pressurizadas e compactadas com resina e cera. Resulta num aglomerado maleável com boa resistência mecânica.
O problema é que a resina atualmente usada é composta por ureia e formaldeído, um derivado químico do metano com moléculas reativas, cujo uso é controlado devido a preocupações com a saúde.
Isso ignifica que, mesmo sendo usado em produtos com período de vida curto, o MDF não é reciclável ou compostável. Isto está prestes a mudar, graças a pesquisas da equipe do professor Andrew Abbott.
O grupo, que trabalha na Universidade Leicester, no Reino Unido, criou um substituto similar que usa resinas feitas de amido obtido de fontes naturais e renováveis – de batatas inglesas, por exemplo.
“Eles pegaram um material comum em nossas casas e resolveram suas limitações-chave, transformando o produto em algo novo e com muito relevância em uma sociedade ambientalmente consciente”.
A afirmação é do cientista Anthony Cheetham, da Royal Society de Londres, que escolheu o trabalho de Abbott como a Inovação do Ano em 2013, pela proeza de “reinventar” um insumo tão importante.
Usando apenas matérias-primas naturais, o “MDF ecológico” é mais simples e barato para fabricar – é só aquecer e prensar –, além de ser mais fácil de trabalhar do que as placas de MDF tradicionais.
Abbott pretende agora escalonar o processo de laboratório para a fabricação em escala industrial e revolucionar amplos setores dependentes de MDF com uma alternativa ainda mais ecológica.
Matéria Incógnita
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