Por Brigitte
Meu nome é Brigitte. Quer dizer, era, até ontem. Nunca entendi por que escolheram esse nome para mim. Eu nasci e, depois de três meses, cheguei à casa de duas mulheres que escolheram esse nome.
Elas chamavam: "Brigitte! Bri!". Mas, ah, tudo bem, né? Eu sou só um gato mesmo. Pelo menos não me chamaram de "snow", "flofi", "fofinho". Parece que o nome foi dado em homenagem àquela bonitona, sabe? Brigitte Bardot.
E eu, branquinho, persa, peludo, devem ter pensado que combinava comigo. Até que um dia voltei com lacinhos vermelhos na cabeça. Minha dona até percebeu alguma coisa estranha, mas deixou pra lá. Uma confusão só! Até que um dia, o Beto, do pet shop, percebeu o que eu tinha entre as pernas.
Pro meu azar, ele não disse nada à elas. Mas o dia chegou. Fui tomar banho e tirar todos os nós do pelo (sabe como é, vida de persa não é fácil) e Beto não resistiu. Chamou minha avó e disse: "Não sei se a senhora vai gostar de saber... mas a Brigitte é, na verdade, Brigitto".
Gatinhos machos só se diferenciam das fêmeas após alguns meses de vida, contou a tia médica.
Que alívio! Só o que me assustou foi que ela caiu na gargalhada e quis transformar minha almofada cor de rosa em uma feita de patchwork. Meninos também gostam de cor de rosa, sabia?
Agora meu nome é Ozzy, como o daquele roqueiro que come morcegos (hmmm!). Já matei algumas baratas e eu me sinto muito melhor voltando com uma gravata do pet shop. Ufa!
Blog Patas ao Alto
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