domingo, 21 de julho de 2013

Egípcios acreditavam que alface tinha poder de viagra natural



Matéria Incógnita


Entre todos os bagulhos que compõem o seu hambúrguer favorito e cheio de colesterol, existe ali no meio um único ingrediente comestível que não faz mal e só entra no sanduba por questões estéticas.

Além de não ser calórico, ainda é saudável e possivelmente afrodisíaco. Portanto, se você não gosta de alface, comece a olhar para aquelas folhas verdes com mais carinho do que para as carnes gordas.

Salima Ikram, pesquisadora da Universidade Americana do Cairo, ensina que a Lactuca sativa era vista como afrodisíaca e símbolo fálico pelos antigos egípcios.

Uma prova disso, é o fato de existirem representações de alfaces nas paredes dos túmulos de faraós, que datam de aproximadamente 2 mil anos a.C.

A holerícula também era associada a Min, um deus egípcio da fertilidade, por ser a sua comida favorita.

Além de promover a fertilidade, a divindade egípcia protegia as caravanas, e tinha a forma de um homem com gorro, duas plumas e fitas, o braço direito levantado com um chicote… e o pênis ereto!

Segundo Ikram, no Antigo Egito os vegetais folhosos não eram mastigados como uma refeição leve ou um aperitivo, mas transformados em suco para serem tomados como um tônico afrodisíaco.

Além disso, o papel da divindade Min mudou diversas vezes ao longo de 3 mil anos, mas a sua associação com a alface sempre permaneceu.


“Uma das razões pelas quais os egípcios associavam a alface com Min foi porque a hortaliça cresce para fora da terra de forma direta, sendo vista como um óbvio símbolo fálico”, disse Ikram.

O seu crescimento em linha reta, bem como o líquido leitoso que exala no primeiro corte foi ligado como um alimento sagrado para Min, já que a secreção poderia ser considerada o símbolo do leite materno ou o sêmen.

Mas, ao contrário do que se imagina, o que era consumido das alfaces eram as sementes dos botões das flores, que quando pressionados, extraía-se seus óleos naturais.

Estes eram utilizados no preparo de alimentos, medicamentos e até mesmo no processo de mumificação. As folhas verdes eram simplesmente descartadas.

Já no Egito Moderno, a verdura passou a ser usada como um remédio tradicional para o crescimento de cabelo.

As alfaces só se tornaram conhecidas como saladas, no qual suas folhas eram comestíveis, e não excluídas, durante o reinado do imperador romano Domiciano, no ano 85 d.C.

Segundo Ikram, as alfaces passaram a fazer parte da dieta de gregos e romanos no início de uma refeição para estimular o apetite.

Só posteriormente foram associadas ao bom funcionamento da digestão e passaram a aparecer de maneira abundante na alimentação da população.

Com Jornal Ciência








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