segunda-feira, 8 de julho de 2013

‘Namur, o gigante adormecido”…, de Rob Kinsey

Mundomoto





A cidade foi tomada dos celtas por Júlio César, em tempos de Império Romano…





Namur contnua linda, e protegida pelo forte da Citadela…


Cada esporte tem seu próprio local sagrado, Wimbledon, Wembley, Mônaco F1, Masters Golf de Augusta Georgia, todos eles evocam memórias especiais entre os fãs e competidores de todo o mundo. No motocross, temos locais fantásticos como Farleigh Castle, Gaildorf, St Jean d’Angely, Unadilla etc, mas em nenhum lugar é tão altamente reverenciado pelos fãs como o circuito de Namur, na Bélgica.





Não é à toa que a pista de Namur ficou conhecida como o “Mônaco do Motocross”…


Usado desde a década de 1940, o circuito começa em uma esplanada em frente aos históricos terraços, e em seguida desce e sobe pela mata, passando embaixo de antigas pontes metálicas ornamentais, um parque infantil e monumentais declives até surgir na frente do Antigo Café do Monumento, antes uma subida íngreme ao lado do antigo fosso do forte medieval e emerge da escuridão da floresta para a claridade da esplanada.





Rob com o saudoso pentacampeão do mundo Georges Jobé…


Junto com meu amigo Alan Boot, visitei o pentacampeão mundial Georges Jobé – falecido aos 51 anos em 19 de dezembro passado, de uma leucemia – para presenteá-lo com um quadro meu de uma cena inesquecível, o salto sobre a cabeça do campão do mundo e oficial Honda Andre Malherbe, no GP da Inglaterra de 500 em Hawkstone park, na temporada 1984.





Anúncio comemorativo do título de Graham Noyce em 1979…





“Rolls” Noyce, em imagem de 2008…


No dia seguinte, decidimos que deveríamos fazer uma peregrinação até Namur para conferir este local sagrado. A primeira vez que visitei Namur, em 1979, em uma viagem de ônibus para assistir meu compatriota (inglês) Graham Noyce conquistar o Campeonato do Mundo das 500cc. Fiquei espantado com a forma como a música corria em torno do velho forte, perto do centro da cidade abaixo.





Thorpe e o compatriota Rob Andrews (14) se preparam para encarar os desafios de Namur…


Voltei 10 anos depois com uma de minhas excursões de viagem de moto, para assistir Dave Thorpe quebrar o espírito de seu companheiro de equipe, o herói local Eric Geboers, a caminho de seu terceiro título mundial. Thorpey estava correndo com um joelho gravemente machucado, mas superou a dor para bater Geboers naquele dia.





A Citadela hoje…





Em 1982, com o americano ‘Bad” Brad Lackey na ponta na largada das 500…





A ‘mesa enorme’, que encaminha (va) os sobreviventes para a floresta…


Da área de largada, os pilotos encaram a primeira seção da pista, através de curvas compensadas e costelas, antes de uma mesa enorme jogá-los dentro da floresta.





A ponte metálica para pedestres que leva ao parquinho…





A mesma ponte em tempos idos… Braaap!


Depois de passar sob a ponte metálica, a pista contorna o parquinho para crianças, e em seguida, através de muitas curvas loucas ao lado da estrada antes de subir de volta para a floresta. Todos os anos, os fãs acampavam literalmente ao lado da pista, em barracas e motorhomes. No ritual da caminhada de manhã cedo, víamos que muitas tendas tiham enormes pilhas de latas de cerveja e garrafas vazias do lado de fora, provas de algumas sérias festas noturnas. Vários fãs, literalmente, continuavam dormindo mesmo com as motos de corrida acelerando tudo nas proximidades, pior para as cabeças girando!





Esse subidão urbano era parte da pista…


Na floresta você ainda pode ver as marcas de pneus de cross do último GP, em 2006. A pista, em seguida, desce rapidamente através de um formidável Step-Down (salto para baixo), eu testemunhei com admiração quando Paul Malin emendou esse salto, no GP de 1989…





Meu amigo Boot tentando emendar o Step de pedestre…





O mesmo Step nos áureos tempos: hay que ter cujones…


A pista, em seguida, apresenta outro Step-Down maciçamente íngreme na descida para sair na estrada principal da cidade e passar na frente do Cafe do Monumento, ponto de abastecimento para muitos britânicos que faziam a peregrinação anual até Namur.





O Chalé continua sendo abrigo de bebuns do mundo inteiro…





Os paralelepípedos pretos são da época do Império Romano…





A TV registrou a façanha de Carlqvist, em 1988…


Este foi o lugar onde Hakan Carlquist parou para mandar descer uma cerveja enquanto liderava, na última volta de um GP! Em 2006, Stefan Everts conquistou seu décimo título mundial aqui, na frente de seus muitos amigos e fãs.





O capacete de Everts em 2006 citava os compatriotas Malherbe e Geboers…


Stefan fez a mesma parada, mas, aparentemente, bebeu um chá gelado!, Não pediu cerveja, coitado.





A turma voava na estrada coberta de terra e a galara fazia uuuuuuuh!


Nos primeiros anos os pilotos passavam sobre a estrada de asfalto, mas em corridas posteriores colocaram caminhões de terra nessa estrada. A partir de então, os pilotos encaravam um enorme salto de terra sobre a estrada pavimentada.





Olha a inclinação prestes a derrubar a loura, haha…





O clássico portão do forte…


A pista, então segue em direção ao portão do forte, antes de virar à direita de forma acentuada em um relevê (escora) muito íngreme.





Visual atual do Subidão do Fosso (Canhões)…





O mesmo local em ação, de baixo para cima…





E de cima para baixo, que saudades…


A partir desse ponto, a pista sobe através de vários saltos e mesas ao lado do fosso do forte da Cidadela.





Com a presença do Boot você pode avaliar o calibre desses saltos…





As marcas de valas morro acima ainda estão lá…


Você ainda pode ver as rampas de salto do subidão do fosso.





A multidão comemora mais uma vitória belga na Citadela de Namur…


Lembro-me do cheiro inebriante das batatas fritas com molho, hambúrgueres e salsichas com alho dos muitos vendedores ao redor da pista.





O retorno à esplanada se completa em mais um salto espetacular…


Aí a pista faz um último mergulho de volta para dentro da floresta, antes de voar de volta para a esplanada e ouvir o rugido da multidão.





Um circo à moda antiga compôs o enfoque nostálgico desse artigo extraordinário…


Quando visitamos o lendário, havia um nostálgico circo à moda antiga montado na esplanada. Ouvindo o rugido dos leões, você poderia ser perdoado por pensar que era o espírito de Namur e do motocross tentando se libertar dos grilhões da inatividade e na primavera paravolta àvida novamente!





O movimento no restaurante caiu bastante com o fim das corridas…


Depois bebemos uma cerveja gelada no pátio do restauranteo platô, olhando para a bela cidade de Namur logo abaixo. Falando com Julian, o proprietário do restaurante, ele diz que há muitas pessoas influentes, lobistas e funcionários do governo local tentando trazer a glória do campeonato mundial de motocross de volta ao seu verdadeiro lar.



Vamos torcer para que isso aconteça e que possamos mais uma vez ouvir o rugido da multidão e motos ecoando em torno deste local fantástico!


Fonte: Rob Kinsey para robkinseyart.wordpress.com

0 comentários:

Postar um comentário