sábado, 31 de agosto de 2013

,

BMW X1sDrive 20i: para famílias descoladas


Quando foi lançado no Brasil em 2010, o BMW X1 chegou na versão xDrive 28i com motor 3.0 V6 de 258 cv e tração integral. O modelo “completão” beirava a casa dos R$ 200 mil. Pouco tempo depois, a marca bávara trouxe para o Brasil uma configuração bem mais acessível, a sDrive 18i, com motor 2.0 de 150 cv e tração traseira. Porém, a versão “pé de boi” trazia pouquíssimos equipamentos e um motor “chocho” para empurrar os mais de 1.500 kg do possante.

Mesmo oferecido nessas configurações tão discrepantes, o X1 tornou-se – e é até hoje- o segundo modelo mais vendido da marca no Brasil (atrás apenas do sedã Série 3). Para acabar com o 8 ou 80, a marca lançou um modelo intermediário, o sDrive 20i, que tivemos a alegria de avaliar. Equipado com um motor 2.0 turbo-alimentado, sua potência máxima chega a 184 cv (entre 5.000 e 6.250 rpm), digamos que foi uma ingeção de ânimo ao modelo. O torque é de 27,3 kgfm, máxima que é entregue cedo, já aos 1.250 rpm, e é aí que constatamos que seu desempenho é vigoroso.  Chegou-se enfim a um meio termo!

Acoplado ao motor está um câmbio automático de oito marchas com trocas suaves e precisas - a versão de entrada 18i possui apenas seis velocidades. Nas arrancadas, senti que as duas primeiras marchas, por serem curtas, fazem com que o crossover fique bem “esperto”, enquanto as duas últimas marchas, bem longas, ajudam na redução do consumo de combustível. Por falar nisso, o X1 conta com a tecnologia Eco Pro, onde o câmbio trabalha para que o carro fique menos "beberrão" e, há ainda, o  sistema Start-Stop, que desliga o propulsor quando o carro para e o liga automaticamente quando o motorista alivia o pedal do freio.

O legal deste sistema é que ele atua de maneira inteligente. Se você entra em um congestionamento, por exemplo, o veículo reconhece as paradas constantes e deixa de desligar o motor. Caso o condutor se canse do liga e desliga, ele pode desativar o sistema através de um botão no painel. Simples assim.

SAV, não SUV

Não há um erro de digitação aqui, SAV é como a BMW batizou o X1. A sigla quer dizer sports activity vehicle ou uma nova forma de se dizer crossover. A mistura de estilos é clara, há quem compare o modelo a alguns utilitários esportivos, mas ele também tem um “quê” de hatchback e de perua. Os vincos que atravessam as laterais permanecem atuais e são arrematados pelas rodas aro 18, completando o visual.

Embora seja um carro baixo, a posição elevada de dirigir é ótima e dá a impressão de se estar mesmo em um carro mais alto. Aliás, o condutor viaja confortavelmente, graças à posição, aos ajustes de apoio lombar no encosto e, claro, ao prazer de dirigir que este SAV proporciona.

Mesmo com dimensões generosas – 4,45 metros de comprimento, 1,7 m de largura e 1,54 m de altura – a visibilidade é boa e as manobras são fáceis de se realizar. Nas curvas, o comportamento é exemplar e a suspensão  firme transmite mais segurança, porém sem gerar qualquer desconforto aos passageiros.

Caso pise com um pouco mais de vontade e a traseira dê uma escapada (lembre-se que o eixo possui tração traseira, apenas), o controle de estabilidade ajuda colocar o carro de volta à trajetória.

Na medida para a família

Com 2,76 metros de entre-eixos, o espaço interno dá a impressão de ser maior do que realmente é. Nao chega a ser tão espaçoso, mas acomoda direitinho os cinco ocupantes e mostra que tem  vocação familiar. O porta-malas comporta 420 litros, porém, com os bancos traseiros rebatidos o volume pode chegar a 1.350 litros.

O acabamento da cabine é mais simples e não chega a ostentar o requinte dos modelos mais caros da marca, no entanto possui materiais de bom gosto. Os porta-objetos são poucos, há bolsos nas laterais das portas e um estranho porta-copo no console central, que fica meio deslocado. Felizmente, ele pode ser retirado e guardado em um espaço exclusivo para ele entre os bancos dianteiros.

Queridinho

A versatilidade do X1 e o status “descolado” que ele passa, embora seja um carro familiar, vem conquistando os brasileiros. De janeiro a julho de 2013, foram vendidos 1.465 exemplares do modelo, números que incluem as duas versões oferecidas pela marca atualmente, 18i e 20i. Por R$ 136.750, a versão que avaliamos oferece um bom custo-benefício para quem está pensando em adquirir um veículo premium e quer começar ostentando o símbolo da BMW sob o capô.



Carros - iG

0 comentários:

Postar um comentário